Porque fazer humor a partir de situações dramáticas como as que estamos a viver é reprovável;
Porque no teatro também há uma pausa entre um ato e outro;
A Paródia Madeirense vai para INTERVALO, prometendo voltar assim que haja disposição para tal...
A sentença do polémico «Caso Campo de Ténis de Santana», que condenou Carlos Pereira (ex-presidente da CMS) e José Almada (ex-vereador da CMS) a três anos e meio de pena suspensa e ao pagamento de 20.000 e 10.000 euros, respetivamente, deixou-me sem saber se devo rir ou ficar com uma carranca de preocupado.Quando tive conhecimento da sentença, a minha primeira reação foi de estrondoso grito de vitória como se tivesse marcado um golaço nas redes da arrogância, prepotência e compadrio dos ditadores que se julgam donos desta terra.
O que se passou na denominada «Concentração pelo emprego docente», no dia 21 de Abril, na placa central da Av. Arriaga, uma iniciativa promovida pelo SPM, demonstra que o ainda meu sindicato está tão concentradíssimo na propaganda eleitoral a favor da lista A, a da continuidade, que nem consegue se aperceber do triste espetáculo que está a dar. Até faz lembrar aquele condutor que conduz tão concentrado no trânsito para evitar choques, mas esquece-se de abastecer o veículo e de o levar à oficina e à inspeção...A concentração dos dirigentes atuais do SPM na propaganda eleitoral interna teve o primeiro episódio no início da semana, quando, travestidos de candidatos aos órgãos internos, chamaram a comunicação social para uma iniciativa de campanha da sua lista junto ao Instituto de Emprego para, por mera coincidência das estrelas, abordar o tema do emprego docente, que eles próprios tinham escolhido para o evento do sábado seguinte. Na verdade, nada os impedia de promover essa ação, que é tão legítima como outra qualquer. O problema é que os tais travestis não foram capazes de retirar as máscaras de candidatos e levar a efeito uma conferência de imprensa oficial, com a presença da Coordenadora do SPM, Marília Azevedo, como é habitual, para promover e mobilizar a classe docente à participação no evento de sábado. Por que será que se esqueceram desta parte importante da mobilização das massas? Terá sido porque acharam que já a tinham feito na 2.ª, embora como candidatos ou a concentração máxima na propaganda fez esquecer este importante aspeto?
O ainda meu sindicato decidiu fazer greve à greve de 22 de Março, uma decisão muito democrática e justificada com argumentos verdadeiramente hilariantes.
Aguarda-se, de facto, um espetáculo fantástico com os acusados a garantirem, a pés juntos, que agiram de boa fé, que utilizaram os dinheiros públicos com as melhores das intenções, pois pretendiam dotar a União Desportiva de Santana com uma infraestrutura desportiva singular, construída nos terrenos de uma unidade hoteleira, não para a dotar de melhores condições de lazer, mas para proporcionar maior assistência de adeptos, ainda por cima mais familiarizados com esta modalidade desportiva como é o caso dos turistas, aos treinos e jogos...No dia 29, na próxima quarta-feira, inicia-se o julgamento do polémico caso "Campo de Ténis de Santana", no Tribunal de Vara Mista do Funchal, a partir das 14.00 horas, onde os compadres Carlos Pereira (ex-presidente da
Câmara Municipal de Santana), José Abel Alamada (ex-vereador da CMS), José Pedro Martins (proprietário do hotel "O Colmo"), António Candelária
(ex-presidente da União Desportiva de Santana) e Jaime Lucas (ex-presidente do IDRAM) tentarão defender-se da acusação de burla qualificada. Está, assim, garantida a continuidade do Carnaval madeirense, que começou na Festa dos Compadres e que se encerra neste julgamento que promete...
Enviaram-me uma paródia muito interessante de alguns versos do poema nacional, Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões, em que a nossa realidade está devidamente atualizada. Ei-los:
«A brincar, faz-se meninos!»