Estamos órfãos. O novo Governo da República não inclui a ministra da Educação mais amada de sempre pela classe docente. Refiro-me à simpática, sempre bem disposta e sedutora Gioconda Ludrinhas. Que ingratidão de José Sócrates por não a reconduzir! Lá que podemos passar bem sem ela, é um facto, mas, como diz o slogan, não é a mesma coisa...
A Educação fica, agora, sob a alçada da escritora infanto-juvenil Isabel, mais conhecida da opinião pública do que a sua antecessora, graças à colecção «Uma Aventura», da qual é co-autora. Na 5 de Outubro, inicia uma nova obra, Uma Aventura no Governo. Será o livro 51 da referida colectânea de ficção. Em tempo de governantes ficcionistas à frente desta pasta, convenhamos que a aventureira referida leva uma vantagem significativa em relação ao Chico Esperto madeirense, que se fez escritor apenas quando assumiu a pasta, pois aprendeu a ficcionar em torno dos problemas educativos, como via alternativa à sua resolução...
A classe docente espera tudo menos aventureirismo da actual equipa ministerial, mas são muitas as alusões a este vocábulo, pois até o Secretário Adjunto da Educação, Alexandre Ventura, possui essa silueta no próprio nome. Coincidências. Não mais do que isso, espera-se. Mas o outro membro da equipa ministerial - o Secretário da Educação - apresenta-se com o apelido Mata, sugestão mais do que óbvia para um excelente espaço para se escrever uma aventura misteriosa. Mas é mesmo de pequena floresta que se trata ou será outro o significado: matar as esperanças da classe docente? Seja qual for o significado, dará seguramente uma ficção magnífica!
Para que esta equipa ministerial, aparentemente fadada para produzir a melhor aventura da referida colecção, consiga surpreender os professores e educadores tem de operar um autêntico milagre na Educação, qual Milagre das Rosas, em que a ministra Isabel, ao tentar ajudar a classe docente, seja surpreendida em flagrante pelo engenhoso Sócrates e o ECD e o modelo de avaliação de desempenho docente se transformem em rosas...