domingo, dezembro 27, 2009

Prémio Parodiantes 2009


Vamos atribuir o Prémio Parodiantes 2009 às personalidades públicas que mais nos divertiram neste ano, nas categorias Política, Desporto, Letras, Sociedade e Blogosfera, no plano regional.
Prémio Parodiante na Política Madeirense 2009

VICTOR FREITAS - A atribuição deste prémio ao ex-líder parlamentar e candidato a Presidente do PS-M justifica-se pela divertida argumentação que tem apresentado para derrotar o seu adversário interno à liderança dos socialistas madeirenses. Dizer que vai inverter a tendência decrescente que o seu partido vem revelando desde 2007, demarcando-se desses resultados como se não tivesse responsabilidade pelos mesmos, faz-nos rir perante tamanha demagogia saloia. Se acrescentarmos a essa anedota o hilariante episódio dos "cidadões", que teve direito a figurar no YouTube (cf. http://www.youtube.com/watch?v=XQaJM4jMw1g), então ficamos convictos de que este prémio é mais que merecido pela referido parodiante.

Prémio Parodiante no Desporto Madeirense 2009

RUI ALVES - Apesar do sucesso desportivo que, inegavelmente, tem ajudado o seu clube a alcançar, o presidente da Direcção do CD Nacional tem sido um cromo divertido para o pessoal e não é só pelo anúncio da sua candidatura a líder do Governo Regional da Madeira, daqui a dez anos, mas sobretudo pela imposição das rapidinhas às equipas de reportagem televisiva, que redundaram na ausência de imagens nas televisões dos jogos caseiros do seu clube. Isto é que é promoção clubística e turística da RAM!...

Prémio Parodiante nas Letras Madeirenses 2009

EMANUEL JANES - Sem sequer entrar na discussão em torno da questão se os historiadores são escritores, a publicação da vida e obra (em betão) do falecido empresário da Madeira Nova, José Avelinho Pinto, com foto do autor na companhia de um membro da referida família, em plena Praça do Município, fez rir muita gente. Em primeiro lugar, por terem ficado com a imagem de que Emanuel Janes, depois da profunda pesquisa efectuada, ficou a conhecer bem o Pinto camaralobense... Em segundo, pelo facto da sessão pública não ter ocorrido no Concelho onde mais se destacou o mencionado empreiteiro, o que fez com que muitos considerassem que foi para que AJJ não tivesse que se ausentar por muito tempo da Sessão de Discussão do Orçamento da RAM para assistir ao lançamento do livro, se bem que alguns a considerassem justa, pois são muitos os membros desta edilidade que devem favores especiais a José Avelinho Pinto.

Prémio Parodiante na Sociedade Madeirense 2009

RUI MASSENA - Ninguém questiona a qualidade do principal rosto da Orquestra Clássica da Madeira. O que o tornou num parodiante social de grande nível foi o facto de apostar numa imagem de irreverência, mas não permite que outros a cultivem também como se verificou no caso dos cartazes alegadamente ofensivos à integridade moral e aos bons costumes das nossas crianças, que foram usados para promover um espectáculo de teatro no Centro de Congressos da Madeira. Causou perplexidade essa denúncia pública, não porque se achasse que o artista tinha razão, mas porque começaram a imaginar que o velho Catão tinha renascido, transfigurando-se no referido maestro... Outros simplesmente lembraram-se do episódio da recusa da referida sala de espectáculos para a realização do Congresso do SPM, por imposição do referido moralista, o que os faz deduzir que Massena pretende, ao fim e ao cabo, ser dono e senhor do referido espaço, porque acha que ser espigado é sinal de ser maior do que os outros...

Prémio Parodiante na Blogosfera Madeirense 2009

AGOSTINHO SOARES (
http://podeserliberdade.blogspot.com/) - É óbvio que o ainda Secretário-Geral do PS-M tem toda a liberdade para fazer o que bem entender com o seu blogue, inclusive deixar de o actualizar. Só que isso é uma grande pena e perda para todos os bloguistas, se ele nos pôr eternamente de castigo, a ler as percentagens obtidos pelo seu partido, nas últimas Europeias... Sempre podia retomar a literatura, em especial a poesia, já que não quer abordar conteúdos de natureza político-partidária. Se não é por nenhuma destas razões, publique, então, um derradeiro post com a palavra FIM e liberte-nos da queda percentual do PS-M, seja ela real ou fictícia. Isso já não tem piada e não interessa a ninguém! É passado. Para a frente é o caminho, de preferência em liberdade... porque quedas todos damos.






segunda-feira, dezembro 21, 2009

Casamento gay: a prioridade nacional


Finalmente temos um Governo na República verdadeiramente competente, com sentido de oportunidade e clarividente na definição das prioridades do país! O exemplo mais acabado disso é a prioridade dada, em termos de iniciativas legislativas, ao casamento entre homossexuais. Mais: é a primeira grande medida socialista desta legislatura. Estou verdadeiramente bem impressionado com o alcance desta medida. Só um visionário como Socas seria capaz de ver as repercussões positivas que uma medida destas terá na sociedade portuguesa.


Vejamos, por exemplo, os efeitos desta extraordinária iniciativa no combate ao desemprego, que alguns consideram a prioridade das prioridades, na educação, na saúde, na justiça e na luta anti-corrupção. É claro que não é essa a nossa opinião. Na verdade, permitindo o casamento homossexual, acaba-se com o fingimento social a que estamos habituados a assistir, em que os homossexuais perante o notário ou o sacerdote declaram amor eterno a um parceiro de sexo oposto apenas para agradar à família, aos amigos e, em suma, à sociedade. As pobres crianças que resultam dessas relações falsas acabam infelizes e entregues à sua sorte, engrossando, mais tarde, as estatísticas do desemprego, do insucesso escolar, das altas problemáticas, da criminalidade e da corrupção. Com a panaceia desta proposta governamental, esses problemas sociais acabam definitivamente, porque simplesmente reduz-se drasticamente o natalidade e, em vez de desemprego, passa-se para um quadro de falta de mão-de-obra; na educação, as turmas passam para 12/13 alunos, o que potencia o sucesso educativo; na saúde, a SIDA passa praticamente para níveis residuais, uma vez que os homossexuais deixam de "mijar fora do penico"; na justiça, os tribunais e as prisões deixam de estar super lotados, porque a criminalidade diminui forçosamente com a redução da população; a ambicionada luta anti-corrupção finalmente será bem sucedida, porque, havendo menos pretendentes a comer na mesa do orçamento do Estado, diminui a procura de favores.

Em suma, esta é uma medida brilhante! Só mesmo de um governo de Socas...

quarta-feira, dezembro 16, 2009

Desvendado mistério do cheque


Demorámos um pouco mais do que é habitual a actualizar este espaço de diversão séria. Esta ligeira demora justifica-se pelo facto de termos andado a investigar o que realmente aconteceu com o cheque mistério do ex-Presidente da Câmara Municipal de Santana, que foi notícia no DIÁRIO, no passado dia 8, e que pode ser consultada na edição online em http://www.dnoticias.pt/Default.aspx?file_id=dn04010101081209.
Conheça aqui os pormenores da nossa investigação.
A nossa equipa de reportagem foi primeiramente à Igreja da Sé e ouviu o pároco respectivo, que confirmou que o cheque cruzado endossado ao referido ex-autarca foi retirado da caixa de esmolas, na habitual abertura semanal da mesma. Instado a dar a sua explicação para esta esmola insólita, escudou-se no sigilo de confissão para não revelar nada, mas garantiu-nos que sabia tudo o que estava por detrás deste episódio caricato, não só porque é confessor da pessoa que lá colocou o cheque mas, sobretudo, porque tem uma boa relação com Deus, a entidade suprema que vigia os passos de todos os seres humanos, que lhe disponibilizou os dados com que forçou o "ladrão" a confessar o crime. Como nenhuma das referidas fontes lhe disse que o cheque estava endossado e cruzado, o padre da Sé revelou que deu como penitência, ao pecador, a devolução do cheque não ao Carlinhos, porque isso seria expor-se em demasia, mas à Igreja, pois só ela é que o poderia perdoar. Do resto, já se sabe: ligou para a Câmara para informar que o cheque estava na sua posse e assim recebeu uma recompensa, que já depositou na sua conta pessoal, uma vez que era uma pequena soma, logo insuficiente para ser oferenda divina.
Como não conseguimos a identificação do autor do alegado crime de roubo do cheque, na conversa com o sacerdote mencionado, decidimos ir ao gabinete do referido ex-eleito local, a fim de recolher mais informações. Ouvimos as "três ou quatro pessoas" que tinham a chave do local onde o lesado diz ter deixado a pasta. Afinal, concluímos que eram dez os funcionários que tinham acesso ao gabinete presidencial, graças a cópias que lhes foram facultadas por outros colegas, que raramente estavam lá para lhes abrir a porta, quando precisavam de levar ou retirar documentação importante para satisfazer os pedidos de favores dos amigos. O mais surpreendente desta conversa com todos os trabalhadores com livre acesso ao mencionado gabinete é que nenhum deles esteve no edifício camarário, no período de tempo do alegado desaparecimento do cheque, pois confidenciaram-nos que passaram por lá depois das 10.30 apenas para ler a imprensa diária, tendo saído para o café-almoço, por volta das 11.00. O retorno ao serviço aconteceu por volta das 15.30, depois de servido/tomado o almoço-lanche, altura em que Carlinhos já tinha abandonado as instalações camarárias.
Resolvemos, então, interrogar o próprio lesado, que confrontado com a questão de confirmar se efectivamente tinha a certeza de que o cheque estava na pasta que deixou no gabinete, começou por evidenciar algumas hesitações, acabando por "ficar mais branco do que um papel", o que nos fez concluir que havia ali caso e que Carlinhos tinha provavelmente inventado esta história do roubo.
Convictos de que esta investigação poderia ser bem sucedida, decidimos fazer uma vigilância apertada junto à referida caixa de esmolas, com o intuito de identificar santanenses que visitam habitualmente a Igreja da Sé e que lá depositam esmolas. Já algo desanimados, passada que estava uma semana de plantão à porta da Sé, fomos surpreendidos, com a entrada no templo do protagonista deste filme policial: Carlinhos. Fazia-se acompanhar de um esbelto jovem, a quem pede, em íntima cumplicidade, para introduzir o cheque na rica ranhura da dita cuja, salvo seja. No preciso momento em que ia consumar o acto, interceptámo-lo e aproximámo-nos do ex-eleito local, que apanhado de surpresa, ganguejando, reconheceu que se havia aproveitado do episódio da substituição das chaves pelo recém empossado presidente, para justificar a cena anedótica do seu cheque ter ido bater à caixa de esmolas da Sé do Funchal, pois era efectivamente sua intenção doar à Igreja os referidos 5.000 euros, em sinal de gratidão pela sua posição de não contestação ao casamento entre homossexuais, única hpótese de poder satisfazer o pedido do Cara Branca, efectuado há cerca de 8 anos numa inauguração. Carlinhos acrescentou ainda que todo este episódio rocambolesco aconteceu porque houve uma troca de cheques, aquando da primeira tentativa, pois os valores coincidiam.
Resta saber se Sócrates será ainda mais generoso para com a Igreja...