terça-feira, setembro 29, 2009

A(s) Dama(s) do Presidente


O sr. Presidente do Governo Regional da Madeira, dr. Alberto João Jardim, continua a divertir a malta como poucos políticos portugueses. O pessoal diverte-se, mas não sabe se ele está a dizer a verdade ou se, simplesmente, nos está a dar música.

Hoje, no Jornal da Madeira, mais precisamente no final do seu artigo de opinião - http://www.jornaldamadeira.pt/not2008.php?Seccao=12&id=134563&data=2009-09-29 - no postscriptum 2, refere-se à Coordenadora do SPM, a professora Marília Azevedo, como sendo simplesmente uma D. e uma Dama, a quem recomenda que «não se esqueça de quem a ajudou a ganhar o dito Sindicato!».

Esta forma de tratamento é engraçada, porque encaixa perfeitamente no léxico do jogo de damas, na tal arte de pôr e dispor no tabuleiro as pedras conforme a conveniência do jogador. Daí o emprego da locução temporal «por enquanto», quando se refere ao cargo que Marília Azevedo exerce no SPM, identificado como «presidente de um dos Sindicatos de Professores». O tom de brincadeira está lá bem patente nesta linguagem, já que insinua que ele também vota nas eleições para os corpos gerentes das D. e das damas... Isto faz-nos rir às gargalhadas! O homem é, de facto, um grande humorista!

Esta anedota de que Marília Azevedo foi ajudada por ele nas eleições do SPM só nos faz lembrar os receios que ela manifestou durante a campanha eleitoral interna quanto aos perigos de partidarização do maior sindicato de professores da RAM. Só mesmo num contexto humorístico, portanto, é que podemos aceitar estas revelações de ingerência de entidades exteriores no referido acto eleitoral.

Como não se joga damas apenas com uma pedra, ficamos à espera da revelação dos nomes de outras delas por parte do sr. Presidente, designadamente em relação à Madame e à Dama-de-Honor. Quando tal acontecer, será gargalhada geral!

terça-feira, setembro 22, 2009

O meu voto nas Legislativas 2009


Como português, cidadão responsável e professor, no próximo dia 27, voto PS, porque sou masoquista, logo preciso de governos e ministras como Maria Lurdes Rodrigues, que me ponham a contar os anos que faltam para a aposentação. Para além disso, não há como um Pinócrates para nos entreter no exercício de tentar adivinhar se o que ele diz é de acreditar ou não...
Também vou votar no PSD, porque tenho a memória curta, já não me lembro do desempenho de Manuela Ferreira Leite enquanto ministra da Educação e das Finanças. Eu até já não me lembro da cara de trovões com que ela aparecia em público, até ao arranque da presente campanha eleitoral. Como se isso não bastasse, os docentes têm garantias de recuperação do tempo de serviço "congelado", porque essa matéria não consta do manifesto eleitoral, o que significa, segundo a explicação da referida líder, que não vai mexer nessa situação, ou seja, fica como está...
Voto no CDS-PP, porque concordo com a avaliação externa do desempenho docente, já que é a única maneira de acabar com o clima de desconfiança e de mal-estar que a avaliação interna está a causar nas escolas.
Voto igualmente no BE, porque será a bengalinha que o PS precisa para governar.
Voto ainda no MPT, porque sei que também poderá ser útil à maioria parlamentar social-democrata, em caso de vitória nestas eleições, pois integrou a bancada do PSD na Assembleia da República na legislatura que agora termina.
Voto, por fim, no PND, porque nada melhor para o eleitor do que votar num partido que, ideologicamente, tanto é de esquerda como de direita.
Não voto, seguramente, na CDU, porque sou um anti-comunista primário, logo temo que Isabel Cardoso, ao ser eleita para a Assembleia da República, deixe de comer criancinhas ao pequeno almoço, nas escolas da RAM. Como se isso não bastasse, temo que a referida cabeça-de-lista, uma vez eleita, deixe de defender os professores e educadores para dar uma ajudinha ao Governo da República como é apanágio desta força partidária.
E ainda dizem que o voto é secreto...

segunda-feira, setembro 07, 2009

A rapidinha do Alves-Negro


Há umas criaturas que gostam de animar a malta com as suas originalidades inimagináveis. É o caso do Alves-Negro, quando autoriza apenas três minutos de captura de imagens às estações de televisão, nos jogos da Liga Portuguesa que se realizem no Estádio da Madeira.

Trata-se da rapidinha mais falada nos últimos tempos. Há quem a apelide de "Rapidinha à Fugitivo". Na verdade, só um operador de câmara genial e com muito potencial é que consegue fazer o referido servicinho em tão pouco tempo, sem deixar de filmar todas as bolas que entrem no tal sítio com redes... A eles é exigido ainda outra faculdade: capacidade de adivinhação do momento exacto da consumação do pazer supremo dos goleadores por forma a virem de lá para os estúdios com os momentos apoteóticos - se os houver - gravados.

Decorrem, entretanto, obras nas instalações reservadas aos referidos profissionais da comunicação social para as dotar de melhores condições de trabalho, nomeadamente aumento da referida área. Não sabemos, porém, se tais melhoramentos decorrem da necessidade de fazer acompanhar os operadores de câmara de serviços de apoio, designadamente de videntes e de massagistas que auxiliem nos preliminares essenciais ao sucesso da sua tarefa - disparar a gravação no clímax do espectáculo - ou se são estratagemas do Alves-Negro para facturar mais uns milhares de euros aos media europeus, pouco conhecedores do significado da palavra choupana...