domingo, outubro 09, 2011

A luta continua!


Foi por pouco que não tirámos a maioria absoluta ao jardinismo. Isto significa que ainda falta mais trabalho nas oposições e, sobretudo, melhor comunicação, no terreno, junto do povo.
O próximo desafio que será colocado a todos está já aí. Trata-se do resgate da dívida madeirense, ardilosamente reservado para depois do ato eleitoral, para não penalizar o PSD-M. Agora o que importa é travar um combate feroz e firme contra todas as tentativas continentais que visem uma duplicação de sacrifícios para os madeirenses. Nesta causa deveremos estar todos unidos, porque está em causa o nosso futuro coletivo como madeirenses, independentemente de ser Jardim a conduzir as negociações.
A cura de oposição do PSD-M foi adiada, mas a mudança de ciclo decorre.
Entretanto, o PS-M tem que renascer das cinzas, para bem da democracia na Madeira, depois de uma inevitável reflexão profunda interna, para corrigir erros crassos e potenciar um futuro melhor, talvez daqui a quatro anos.
O CDS tem a responsabilidade de liderar a oposição, num quadro político adverso e num papel ingrato de ser governo em Lisboa, que lhe pode custar perda de votos.
Vamos também ver o que será o PTP capaz de fazer no Parlamento, num tempo em que também terá de apresentar trabalho, propostas e não só espetáculo.

sexta-feira, outubro 07, 2011

Eleições: votar para mudar!


Como o momento que a Madeira vive é grave, desta vez não vou parodiar, para que não haja ambiguidades na interpretação da minha intenção de voto. No dia 9, domingo, os madeirenses têm uma oportunidade histórica para derrubar o jardinismo, votando nas oposições.
Rtirar a maioria absoluta ao partido que nos levou a esta desgraça, à bancarrota, ao descrédito externo dos madeirenses e a previsíveis mais cortes é um imperativo cívivo e de sanidade mental.
Assim, ninguém minimamente responsável pode deixar de votar nestas eleições legislativas, para contribuir para a mudança, para a melhoria da democracia na Madeira, para a derrota dos batoteiros, dos esbanjadores de dinheiros públicos em obras megalómas que apenas têm utilidade para quem as constrói.
Este regime cheira a mofo e já está a cair de podre. Não é capaz de encetar a viragem que se impõe, quer de políticas, quer de visão de futuro. Antes que nos empurrem para o fundo de um buraco ainda maior, temos que manifestar pelo voto toda a nossa discordância e protesto pelos erros governamentais. Assim, a alternativa é votar nas oposições, sobretudo naquelas que dão garantias de não estender a mão a Jardim, quais bengalas, após a perda da maioria absoluta.
A democracia na Madeira precisa de alternância para acabar com os abusos de poder, com a corrupção, com o nepotismo, com o despesismo, com a incompetência, com os limites à liberdade de expressão...
O momento que vivemos é sério. Por isso, aproveitemos esta oportunidade histórica para votar com responsabilidade por um futuro melhor para todos os madeirenses.

quarta-feira, outubro 05, 2011

SPM: coerência a dobrar!


O Sindicato dos Professores da Madeira é de uma coerência inimaginável, só ao alcance das organizações com liderança forte, logo não manipuláveis. Senão vejamos: no dia 1/10, na manifestação promovida pela USAM, junto à Quinta Vigia, cantou «Está hora, está hora de Jardim ir embora» e, no dia 5, acolheu-o nas suas novas instalações, deu-lhe tempo de antena e aplaudiu as promessas eleitoralistas, mesmo sabendo que podem prejudicar os colegas continentais que lecionam na RAM,
se algum dia forem cumpridas...
Não há como ter duplos também nas organizações sindicais. Os associados ficam duplamente satifeitos com os resultados da luta. Veja-se o que o SPM foi capaz de fazer em menos de uma semana. Pelo menos dois SPM´s foram vistos nos últimos dias. Um que não dá tréguas a Jardim e acha que ele tem de deixar a governação e outro que o recebe de braços abertos, nas novas instalações, dando-lhe todo o protagonismo da cerimónia da inauguração e o palanque para fazer campanha eleitoral. Simplesmente admirável!
A isto chama-se coerência na incoerência ou teatro sindical para agradar a gregos e a troianos, procurando estar bem com Deus e com o Diabo, embora na hora da verdade, fazendo o balanço das vitórias laborais alcançadas em prol da classe que representa, a balança penda mais para o lado do último. É uma chatice ser perfeito, quando é mais motivador dar expressão aos instintos maquiavélicos e dionisíacos...
Os sindicatos de professores da Madeira modernizaram-se, adaptaram-se à realidade e não têm pudor nem vergonha em participar assumidamente na batota eleitoral. Essa coisa dos professores e suas organizações de classe fazerem da educação os pilares da formação da consciência cívica é chão que já deu uvas. Isso é um anacronismo, lá dos tempos da velha senhora, quando Américo Tomás foi à Universidade de Coimbra e os estudantes puxaram as capas negras por onde ele se pavoneava, fazendo-o passar um mau bocado.
Hoje, como se viu na inauguração das novas instalações do SPM, estende-se a melhor passadeira ao ditador para que ele faça a sua campanha eleitoral. Não fora o protesto do PND, no exterior, e ficaríamos com a ideia de que, na Madeira, a ditadura é bem aceite, mesmo que falte tudo nas escolas para que as inaugurações não sejam comprometidas...
Enfim, são os sinais dos tempos. Agora, a ditadura e a batota eleitoral são virtudes...