terça-feira, janeiro 26, 2010

Almeida varre PS-M para o lixo


Almeida Sem Nada de Santo tornou a varrer o pouco que ainda resta do PS-M para o caixote do lixo ao elogiar a obra jardinista. O anedótico das declarações deste profundíssimo conhecedor da realidade política, social, económica e financeira da RAM está no facto das mesmas terem sido proferidas em plena reunião magna dos socialistas madeirenses, onde eram tomadas decisões importantes relativamente ao futuro imediato do ainda maior partido da oposição madeirense, com direito a aplausos e tudo. Há organizações assim: são masoquistas até ao tutano...

Não consta que tenha havido militantes socialistas a abandonar a sala, quando discursava o referido orador. Apenas o novo líder do PS-M ainda tentou minimizar os estragos, dizendo que pechibeque não é ouro, mas lá teve que engolir mais um sapo enorme imposto por Lisboa, vulgo cavalo de Tróia.

Sabemos que estes apoios reiterados à governação social-democrata madeirense não são inocentes. Antes pelo contrário. São sinais de gratidão. Na verdade, a obra turística madeirense está à vista de todos, mesmo que os instrumentos de planeamento e ordenamento do território e o domínio público marítimo tenham sido ignorados para facilitar o avanço das galés pelas vilas e cidades adentro...

Que papel estará, então, reservado à liderança da flor serrana? Apenas terá que remar contra a maré dos interesses e dos oportunismos, até à saída de cena do actual líder social-democrata madeirense, que, segundo o referido almeida, ainda pode ser combatido por ter um estilo pouco consensual. Apenas isso! Isto é, surgindo um sucessor refinado, tipo Miguel Albuquerque, então acabam-se as divergências mínimas entre PS-M e PSD-M e o Centrão chega à Madeira, apadrinhado pelo brilhante e insuspeito político nacional, que não pestanejaria na hora de apoiar o tal funeral da federação madeirense do seu partido. Flores para essa cerimónia já existem: jacintos serranos...