quinta-feira, junho 04, 2009

A intolerância de ponte


Há coisas que não lembram ao Diabo. Então não é que querem impor aos educadores de infância a tolerância de ponto no próximo dia 12, como acontecerá com todos os funcionários públicos?! Os briosos profissionais da Educação ficaram indignados com tamanha intolerância de ponte e solicitaram a intervenção do seu sindicato, pois não aceitam ser dispensados em mais um dia de trabalho, já que sabem que nesta data a função social que prestam às famílias que têm crianças nos jardins de infância e creches será ainda mais requisitada do que habitualmente. Para além das funções de educadores, contam prestar serviços de assistência social, de psicologia, de enfermagem, de medicina e de autênticos pais e mães, uma vez que os verdadeiros estarão muito ocupados com a praia, as compras, o cabeleireiro, o cinema, as almoçaradas,... Atendendo a este volume de serviço previsível, opõem-se ao presente envenenado que o Governo Regional lhes pretende proporcionar, pois receiam que esse dia pode ser mais uma ponte para a desvalorização da sua função, logo para a sua dispensa.

Os lesados, através da sua organização de classe, recorreram à providência divina, figura jurídica habitualmente usada com sucesso na Madeira quando se pretende contestar as decisões do todo poderoso Aberto-Não-Ao-Fim.

Segundo uma informação de última hora, os cerca de 200 educadores tencionam marcar uma reunião com Francisco Cervantes para o sensibilizar para a sua causa, recorrendo ao argumento de que por cada dia sem lerem as histórias infantis dele equivalerá a menos vendas das mesmas, logo a mais um contributo para agravar a crise.